A reação inicial do mercado foi de que o valor do barril ficou um pouco mais alto do que se esperava.
"Veio acima da expectativa, é muito alto. Não sei como eles vão fazer, porque foge do limite (de capital autorizado) aprovado em assembleia", disse Monica Araújo, analista da corretora Ativa, referindo-se ao limite de 150 bilhões de reais que foi aprovado pelos acionistas para a operação de aumento de capital.
"Tudo indica que esse preço e o tamanho da operação vai levar à diluição do minoritário", afirmou Erick Scott, da SLW Corretora. "Deveria se refletir negativamente na ação", acrescentou ele, sobre o eventual impacto nos papéis da estatal no pregão de quinta-feira da Bovespa.
Segundo ele, o tamanho da operação explica a publicação pelo governo da MP 500, que vai permitir que mais entidades da administração pública, como outras estatais, assim como o Fundo Soberano, participem da oferta de ações.
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, também questionou o valor total.
"Se todo mundo resolver exercer o direito de manter a posição acionária, ultrapassa os 150 bilhões aprovado em assembleia e não explica no fato relevante como eles vão resolver isso", opinou.
Segundo ele, as ações da empresa poderão perder mais valor nos próximos dias. "Esse preço de 8,51 (dólares) é um valor que vai fazer cair a ação para o minoritário poder entrar."
(Reportagem adicional de Cesar Bianconi)