Será que vai mesmo?
Depois de subir quase 10% em 11 pregões consecutivos e superar os 68 mil pontos, o Ibovespa parou durante uma semana. Nos últimos três dias, contudo, o índice perde 1,74%, sendo 0,94% só ontem, a 67.223 pontos. Um movimento de realização de lucro já era esperado. Mas há muito mais por vir, alerta o índice de "crash", que mede o grau de nervosismo da bolsa com base no estudo de sinais para prever terremotos.
O indicador aponta para uma queda do Ibovespa superior a 12%, afirma Marco Antonio Leonel Caetano, pesquisador do Insper que desenvolveu o método de análise em parceria com Takashi Yoneyama, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). "Não descarto a possibilidade de o índice voltar para os 59 mil pontos nos próximos dias ou, no máximo, semanas", ressalta Caetano.
O índice de "crash" leva em conta as frequências com que os preços se movem, além de ruídos que sinalizam um mesmo padrão antes de uma mudança abrupta. O indicador, que varia entre zero e 1, mede o risco de reversão de uma tendência de alta da bolsa. Quanto mais próximo de 1, maior a chance de queda brusca.
Foto Destaque
O índice hoje marca 0,93. "Isso significa que a frequência está alta, talvez motivada por notícias contraditórias, abrindo espaço para a queda", explica Caetano. O pesquisador acrescenta que os fundamentos macroeconômicos globais corroboram a perspectiva de reversão de tendência. "O cenário lá fora é ruim." Ele destaca a fragilidade das economias americana e da Europa, além do desaquecimento na China.
Neste ano, na primeira queda brusca da bolsa, entre os dias 6 de janeiro e 5 de fevereiro, o índice de "crash" marcava 0,86. No período, o Ibovespa saiu de 70.729 para 62.762 pontos, queda de 11,26%. Depois, a bolsa teve novo "crash" em 8 de abril. Naquele dia, o indicador registrava também 0,86 e o Ibovespa, 71.784 pontos. Resultado: a bolsa caiu 19%, para 58.192 pontos, entre os dias 8 de abril e 20 de maio.
Na crise de 2008, o índice de "crash" chegou próximo da máxima, a 0,96, em meados de maio. O Ibovespa despencou 60%, de 73.516 pontos no dia 20 daquele mês para 29.435 pontos em 27 de outubro.
Ontem, a justificativa dos analistas para a queda da bolsa foram números da economia chinesa, que mostraram desaquecimento em julho. Siderúrgicas e mineradoras sofreram. As ações ordinárias (ON, com voto) da MMX caíram 4,66%, as preferenciais (PN, sem voto) classe A da Vale cederam 1,24%, Usiminas PNA recuou 1,25% e Gerdau PN, menos 2,07%.
O indicador aponta para uma queda do Ibovespa superior a 12%, afirma Marco Antonio Leonel Caetano, pesquisador do Insper que desenvolveu o método de análise em parceria com Takashi Yoneyama, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). "Não descarto a possibilidade de o índice voltar para os 59 mil pontos nos próximos dias ou, no máximo, semanas", ressalta Caetano.
O índice de "crash" leva em conta as frequências com que os preços se movem, além de ruídos que sinalizam um mesmo padrão antes de uma mudança abrupta. O indicador, que varia entre zero e 1, mede o risco de reversão de uma tendência de alta da bolsa. Quanto mais próximo de 1, maior a chance de queda brusca.
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O índice hoje marca 0,93. "Isso significa que a frequência está alta, talvez motivada por notícias contraditórias, abrindo espaço para a queda", explica Caetano. O pesquisador acrescenta que os fundamentos macroeconômicos globais corroboram a perspectiva de reversão de tendência. "O cenário lá fora é ruim." Ele destaca a fragilidade das economias americana e da Europa, além do desaquecimento na China.
Neste ano, na primeira queda brusca da bolsa, entre os dias 6 de janeiro e 5 de fevereiro, o índice de "crash" marcava 0,86. No período, o Ibovespa saiu de 70.729 para 62.762 pontos, queda de 11,26%. Depois, a bolsa teve novo "crash" em 8 de abril. Naquele dia, o indicador registrava também 0,86 e o Ibovespa, 71.784 pontos. Resultado: a bolsa caiu 19%, para 58.192 pontos, entre os dias 8 de abril e 20 de maio.
Na crise de 2008, o índice de "crash" chegou próximo da máxima, a 0,96, em meados de maio. O Ibovespa despencou 60%, de 73.516 pontos no dia 20 daquele mês para 29.435 pontos em 27 de outubro.
Ontem, a justificativa dos analistas para a queda da bolsa foram números da economia chinesa, que mostraram desaquecimento em julho. Siderúrgicas e mineradoras sofreram. As ações ordinárias (ON, com voto) da MMX caíram 4,66%, as preferenciais (PN, sem voto) classe A da Vale cederam 1,24%, Usiminas PNA recuou 1,25% e Gerdau PN, menos 2,07%.