6 de outubro de 2009

Para quem a Olimpíada no Rio vale ouro


Credit Suisse vê ganhos para empresas como Gol, TAM, Localiza, Gerdau, Light e Net
| 05.10.2009 | 16h29

A escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016 deve multiplicar os investimentos no país nos próximos anos. Um estudo do Comitê Organizador dos Jogos, segundo o banco de investimento Credit Suisse, estima que serão injetados no Brasil 30 bilhões de reais ao longo dos próximos sete anos. Contudo, um exercício do Ministério dos Esportes aponta que, se considerados os investimentos indiretos e seus impactos no longo prazo, o montante triplica, chegando a 90 bilhões de reais.

Os setores diretamente ligados ao evento, como turismo, construção, transporte, mídia e energia, devem ser os mais beneficiados. Portanto, pode-se esperar que as ações de empresas como Gol, TAM, Dufry, Localiza, InvestTur, GP Investimentos, Gerdau e Light tenham forte valorização nos próximos meses.

O Credit Suisse lembra que Barcelona, ao ser escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 1992, viu seu número de turistas duplicar entre 1986 e 2000, com o pico de crescimento acontecendo dois anos após os Jogos. "Companhias como Gol, TAM, Durfry e Localiza podem ganhar com o grande número de turistas tanto no curto prazo como no longo prazo. A LA Hotels (InvestTur) também deve ser beneficiada pelo grande número de turistas, já que possui projetos no Rio, assim como seu controlador, o GP Investimentos, que ainda tem negócios no ramo de restaurantes", diz a instituição em relatório.

O Credit Suisse destaca que em setembro de 1997, após Sidney ter sido eleita a cidade das Olimpíadas de 2000, os setores de construção, transporte e mídia superaram o desempenho do mercado australiano em cerca de 5% nos três meses seguintes. "Nós vemos uma boa oportunidade nas construtoras com operações no Rio, que serão impulsionadas pelo aumento dos preços dos imóveis em decorrência da maior urbanização e do aumento da atividade econômica na cidade, que deverá estimular a demanda por imóveis residenciais e comerciais." (continua)