O Rio de Janeiro vive um momento positivo ímpar. Tem conseguido solucionar problemas antigos e graves, projetar a retomada de seu relevante papel para o país, atrair investimentos e adotar iniciativas que podem colocá-lo em um novo patamar de desenvolvimento. Tal situação se deve a vários fatores, mas tem especial amparo na reconstrução do poder público federal, estadual e municipal como protagonistas dos avanços socioeconômicos.
Em 2010, a Petrobras será, pela terceira vez consecutiva, a empresa petrolífera com maior montante de investimentos no mundo US$ 44 bilhões. Parte desses recursos destina-se à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), mas também à modernização da refinaria Manguinhos para que produza gasolina, diesel e biodiesel, além de transporte e logística de refinados.
Há uma semana, o empresário Eike Batista anunciou que investirá quase R$ 35 bilhões no estado até 2012, em negócios que vão da exploração de petróleo e gás natural à construção de dois novos portos. O anúncio foi feito no início das obras do Superporto Sudeste, financiado pela EBX a partir de R$ 1,2 bilhão de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
São obras importantes de infraestrutura que ajudam a preparar o Brasil para sustentar um ritmo de crescimento na casa dos 4,5% ao ano.
Os investidores internacionais não estão alheios a essa movimentação: São João da Barra pode receber R$ 11 bilhões caso se confirme a intenção da siderúrgica ítalo-argentina Ternium de construir uma usina próxima ao Porto do Açu, com capacidade de produção de 5 milhões de placas por ano.
Somem-se a isso as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), experiência exemplar de combate à violência que o governo do estado tem implementado, e o programa Porto Maravilha que, em parceria com a prefeitura do Rio, poderá investir até R$ 3,5 bilhões na revitalização da Zona Portuária da cidade, com construção de novas moradias e centros culturais e empresariais.
Haverá também obras do Programa de Aceleração do Crescimento segunda fase (PAC 2), que visam melhorar o saneamento, transferir pessoas que hoje estão em locais de risco, ampliar os programas de tratamento do lixo e solucionar as deficiências de transporte público de massa. São recursos estratégicos ao projeto de sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
O Rio de Janeiro é um exemplo de que é possível, por decisão do governo, direcionar a ação estatal para atrair novos investidores e mudar a realidade de um país. Ao retomar o verdadeiro papel do BNDES, de incentivo à criação de um ambiente econômico e social positivo, o governo Lula dá um passo importante para melhorar a vida dos cidadãos do Rio de Janeiro.
Porque cada investimento público se transforma em crescimento, emprego e renda aos trabalhadores. E convida a iniciativa privada a também investir, consolidando um círculo positivo. Por isso chegaremos a mais de 13 milhões de empregos criados no governo Lula.
A capacidade de atuação em conjunto entre os governos de Lula, Sérgio Cabral e Eduardo Paes é um importante elemento nesse novo Rio que começa a despontar. É preciso dar continuidade a esse modo positivo de fazer política: deixar as diferenças partidárias em segundo plano e colocar os interesses da sociedade em primeiro lugar. O Rio e o Brasil agradecem.
José Dirceu é advogado e ex-ministro da Casa Civil.